quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Carta à Carolina

No nosso cantinho partilhamos os principais feitos e acontecimentos da vida Carolina. São raras as lágrimas e tristezas que registamos. Deus tem nos concedido resiliência para resistir e graças para agradecer! Mas porque há dias em que as lágrimas são muitas… é dia de escrever uma carta à Carolina.

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Querida Carolina,
Escrevo-te hoje para te contar uma história. És ainda pequena. Acabaste de fazer 2 anos. Mas hoje aconteceu uma coisa importante - que hoje não percebes - mas um dia quererás saber. Eu não quero - nem vou ser capaz - esquecer. E quando fores mais crescida, sei que gostarás de ler.
Hoje foi um dia difícil porque a (bi)Avó Ana partiu. Amanhã e depois serão ainda mais difíceis porque vamos nos despedir. E a seguir, vai ser duro porque vão ficar as saudades. Imensas! Mas sabes, filha, vamos ter saudades porque há muita vida, há muita história, muito amor! Isso irá ligar-nos sempre à avó e ela irá sempre olhar por ti. Ela e o avô vão estar juntos a olhar por ti, por nós.
A avó amou-te muito. Foste a primeira e única bisneta a quem ela deu colo. A primeira filha do seu primeiro neto. Nos tempos últimos e mais difíceis, eras tu que conseguias arrancar-lhe um sorriso, com a tua alegria, com a tua inocência. Nunca lhe recusaste um beijinho, um mimo.
Se um dia te sentires frágil e perdida e precisares de um exemplo a seguir, se um dia achares que já não tens força… lembra-te da Avó Ana. 
Durante toda a sua vida foi uma lutadora, uma mulher cheia de garra, que trabalhou muito, criou 3 filhos e formou uma família única: em dimensão, em união, em amor. A cumplicidade e união da nossa família, devemo-lo a ela. 
Foi uma avó inigualável. Era diferente com cada um netos, ao mesmo tempo, que os amava por igual. Era única. Foi uma pessoa muito marcante da vida do papá. A última neta acolheu-a há pouco mais de 10 anos, quando a mamã passou a juntar-se à família do papá. E foi, até hoje, uma avó tão carinhosa e especial nas nossas vidas! 
Não havia Domingo feliz que não passasse pela casa da avó, com os seus cozinhados, com os seus bolinhos. Não havia Verão que soubesse ao mesmo sem uma sardinhada em Sesimbra que ela ajudava a preparar, sempre a mil e cheia de genica (este Verão teve um sabor diferente). 
Em todos os momentos, esteve connosco, presente! E vai continuar a estar, porque este amor não se esquece, esta história não terminou e tu irás sempre saber quem foi a Avó Ana!
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2 comentários:

  1. Obrigada, Rita por me teres feito chorar. Ainda não tinha conseguido fazê-lo.

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  2. Obrigada Rita pela descrição calorosa que foste capaz de fazer da nossa mãe e avó.

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