O mês de Julho passou a voar e quase que nem demos pelo passar do tempo. E depois de tantos dias sem escrever no blog da Carolina, há muita coisa que gostava de registar.
A primeira de todas as novidades é que já fizemos a última ecografia e está tudo bem com a Carolina: está no P50, pesa cerca de 2 Kg e é perfeitinha. Até vimos a sua carinha laroca a 3D e é uma emoção. Estamos ansiosos pela sua chegada!
O descanso
Estamos em casa, de baixa médica, desde o dia 9 de Julho e foi prolongada até dia 19 de Agosto. Por este andar, já não há regresso previsto ao trabalho antes de conhecer a princesa. O tempo tem sido, essencialmente, para descansar, para acompanhamento médico (consultas, ecografias e análises) e para preparar, a baixo ritmo e sem stress, a chegada da Carolina.
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Nesta altura, as resistências física e emocional não são as mesmas. E se até há algum tempo, eu acharia isso estranho, agora é com alguma naturalidade que aceito as limitações e mazelas, próprias deste estado. Desengane-se quem ache que a gravidez é um “mar de rosas” ou um “estado de graça”. Eu acredito que quem inventou estas expressões não estava no seu perfeito juízo. No entanto, com o passar do tempo e amadurecendo o nosso entendimento para tudo o que acontece, deixa de ser um bicho papão ou uma montanha-russa diária. Já consigo sorrir quando penso que é quase como sentir-me a crescer, todos os dias. Sinto-o, literalmente, no meu ventre. E sinto-o no meu coração, que anseia pela chegada da Carolina e que se sente feliz por tudo o que está a viver.
Curso de preparação para o parto e parentalidade
Hoje foi o último dia do curso. O balanço é francamente positivo. Aconselho vivamente que todos os pais de primeira viagem façam. Eu e o João gostámos muito. Algumas coisas que nos transmitiram não foram novidade. Muitas outras foram e foi uma experiência que serviu, essencialmente, para ganharmos confiança e para esclarecer algumas dúvidas, sem medos ou vergonhas. Nas várias formações, não nos quiseram passar receitas mágicas ou instruções infalíveis, porque cada bebé é único, cada relação mãe-pai-bebé é diferente e por isso cada pessoa terá que adaptar as rotinas e processos, segundo o que faça mais sentido para si e para o seu quotidiano. Nesta aventura, o que possamos fazer não é simplesmente certo ou errado. É aquilo que o pai e a mãe sentirem ser o mais adequado para o seu bebé, segundo o instinto, o amor e a ternura. Não há mães iguais, há muitas formas diferentes de ver e fazer as coisas. Toda a gente é livre de opinar e os pais devem ouvir tudo e todos, ler muito, informarem-se, mas tomarem as suas decisões com base neste amor que não se explica e neste instinto, que nem se sabe de onde vem. E, assim, o que poderá correr mal?
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Nós frequentámos o curso no
Centro Pré e Pós Parto em Entrecampos. Gostámos muito da facilidade no contacto inicial e inscrição, o acolhimento, a estrutura do curso e a simplicidade, frontalidade e simpatia da Enfermeira Isabel, que nos acompanhou. Além disto, ainda nos proporcionam apoio na gravidez e no pós-parto, quer na Clínica, quer pelos workshops.
Os mitos e superstições
Na altura do casamento, recordo-me de algumas crendices. Pelos vistos, todos os grandes momentos na vida das pessoas têm direito a mitos, superstições e mezinhas.
Não acredito nos seus efeitos, apesar de respeitar quem aja segundo essas crenças.
As primeiras que se vão ouvindo dizem respeito à gravidez. E de seguida, vêm os mitos sobre o bebé. Como diz o ecografista que me acompanhou: “metade da população portuguesa é constituída por treinadores de futebol e a outra metade por ecografistas, que acertam sempre no sexo dos bebés”.
Não sei as expressões precisas e não tenho explicações, mas partilho aquilo que já ouvi dizer por aí:
- Receber de presente uma peça de roupa de bebé, assim que se casa, dá mais probabilidade de fertilidade ao casal;
- A grávida não deve receber presentes ou dar a novidade antes dos 3 meses de gestação;
- Qualquer pessoa consegue adivinhar o sexo do bebé: (i) pede-se, com uma desculpa qualquer, para a grávida mostrar as mãos e se ela mostrar as mãos com as palmas viradas para baixo, o sexo é masculino. Se as palmas das mãos estiverem para cima é menina; (ii) se a barriga da grávida for bicuda, o sexo é feminino. Se for redonda, é menino. (acho que ouvi por esta ordem e ordem inversa)
- A grávida não deve usar fios, se não o bebé pode nascer com o cordão umbilical enrolado ao pescoço;
- A grávida não deve andar com moedas ou chaves nos bolsos, se não o bebé nasce com marcas na pele;
- Ninguém poderá rejeitar desejos das grávidas, para o bebé não nascer com cara de… por exemplo, se a grávida desejar comer ananás e não lhe derem, o bebé nasce com cara de ananás. Também ouvi a versão de que desejos não satisfeitos fazem com que os bebés nasçam com o cabelo em pé.
- Se a grávida tiver muita azia, é sinónimo de que o bebé terá muito cabelo.
- Não se deve montar a cama do bebé antes do nascimento ou, superstição alternativa, pode-se montar a cama, mas não se pode colocar lençóis e colcha.
- Não se deve secar roupa do bebé à noite, porque a Lua não pode ver a roupinha do bebé, se não ele “fica com a lua”. Há quem acrescente que esta crendice só é válida até ao baptismo;
- Não se deve cortar o cabelo do bebé até completar um ano de idade, se não o bebé deixa de crescer;
Como já disse, respeito quem pense e aja segundo algumas tradições ou superstições, mas eu nunca condicionei as minhas decisões por estas coisas. Acho que se tivermos em conta tudo isto, não se faz nada, não se aproveita descontraidamente a gravidez e o bem precioso que chegará à nossa família. As superstições não são mais do que uma tentativa de explicar e assegurar tudo o que acontece num mundo, que é repleto de inseguranças e mistérios. Não há nada que garanta ou explique o bem-estar, a vida, a saúde e a felicidade. Por isso, estas crendices não justificam nada do que possa acontecer.
Preparação da chegada da Carolina
Continuamos a preparar o quarto da Carolina… e o que falta fazer, parece não ter fim à vista. Claro que assim que tivermos fotos do quarto, vou registar o resultado final neste diário da Carolina. Espero que esteja para breve, porque já não falta muito tempo para a recebermos.
Ainda faltam comprar algumas coisas, mas com calma, esperamos ter tudo orientado até à chegada da princesa.
Continuamos a receber imensos mimos, muitos presentes e muitas coisas emprestadas que vão dar imenso jeito. Obrigada a todos, mas em especial à avó Lurdes, avó Rita, tios Selma e Ricardo, tia Ana, tia Patrícia e tios Rute e Pedro.
Visita à maternidade
No curso de preparação para o parto, um dos temas indispensáveis que foi abordado diz respeito ao parto. Além de nos darem algumas dicas para preparar o plano de partos, aconselharam-nos fazer uma visita à maternidade. À primeira vista pareceu-me uma ideia um bocadinho disparatada, mas é muito importante!
A nossa escolha já estava feita há alguns meses (Hospital da Luz), mas não é um devaneio tomar a decisão depois de visitar as instalações e saber se a política de acompanhamento à mãe e bebé se adequa às nossas expectativas.
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No caso do Hospital da Luz, a marcação foi feita
junto dos serviços de Ginecologia/Obstetrícia, segundo 3 horários
disponíveis, às Segundas-feiras de manhã.
No dia e hora marcados, lá
estava um grupo de 5 casais e a visita à maternidade parecia uma
autêntica visita de estudo. Na primeira parte, visitamos o piso 1 onde
decorre a admissão, todo o trabalho de parto e o recobro, acompanhados
por uma enfermeira do serviço que nos explicou tudo e que esclareceu
todas as nossas dúvidas. Na segunda parte, visitamos o piso onde se
localizam os quartos de internamento.
Não nego que ver a sala de
partos me fez um bocadinho de impressão e guardo a sensação de ser um
frigorífico autêntico. No entanto, considero que esta iniciativa é muito
importante, porque ficámos:
- mais seguros quanto à qualidade das instalações;
- mais descontraídos por sabermos quais os procedimentos, quais os espaços, quais as expectativas;
- mais tranquilos quanto à segurança e cuidados para a nossa princesa;
- mais confiantes de que irá tudo correr bem!
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O livro do mês
Com
algum tempo livre, nada melhor do que pôr a leitura em dia. O livro que
estou a ler tem sido uma boa companhia, pois aborda o assunto do
momento – a maternidade – e toca nalguns pontos bem interessantes.
O
objectivo do livro é passar alguns testemunhos e truques para
“sobreviver com alegria ao primeiro mês de vida do bebé”. O título é
“Socorro! Sou mãe…” de autoria de Rita Ferro Alvim.
A jornalista tem também um
blog que vale a pena espreitar.
Os pais também têm direito a livros
Dependendo
do gosto e interesse dos papás para a leitura, há muita bibliografia
disponível. Eu ofereci ao J. um livro que achei muito engraçado, porque
aborda a paternidade e os cuidados ao bebé necessários como se se
tratasse de uma instalação ou montagem de equipamento.
O livro é “Bebé - Livro de Instruções” de Joe Borgenicht e Louis Borgenicht.
O
J. não gosta muito de pensar que terá que trocar fraldas e eu não
insisto. Para o caso de ser preciso, ele pode consultar no livro como se
faz.
Parabéns Tia Nocas
No passado Domingo, dia 29, a
tia da Carolina fez 18 anos!!! Está uma crescida! Temos a certeza de que
será uma super-tia e a Carolina vai ser completamente apaixonada por
ela.
Quando vamos no trânsito, deparamo-nos com alguns condutores e
pensamos “saiu-te a carta na farinha amparo”. A Mariana será uma
condutora exímia, apesar da carta lhe ter saído no pacote dos cereais!
Achei uma ideia muito original e engraçada.
A julgar pela trinca, os desejos para a vida adulta serão apenas coisas boas. Parabéns, Tia Nocas!
Que post tão longo, mas havia muita conversa para pôr em dia! Espero que em Agosto haja mais energia e bons motivos para mais posts. Até breve.
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